terça-feira, 27 de julho de 2010

Porquê trabalhamos muito e recebemos tão pouco?

Com o advento da globalização do mercado mundial, vários especialistas ouvidos durante o governo FHC e sua politica neo-liberal ,defendiam que a globalização do mercado traria um aumento de renda para o trabalhador, já que o preço da mercadoria, passa a ser a mesma em dólar em todos os países do mundo, somente variando a carga de impostos aplicados por cada pais/nação, impactando assim no valor do produto final.
Passados alguns anos desta medonha transformação do mundo, temos o seguinte contexto:
As nações que mais crescem no comércio mundial , pertencem a um grupo chamado de BRIC(Brasil, Rússia, Índia e China),que se desenvolvem economicamente mais rápido e a taxas mais altas que as demais nações do planeta.
Pergunta que você vai fazer ao ler a minha informação, o que isto trouxe de benefícios aos trabalhadores?
Resposta : nada!!!, por praticarem salários miseráveis, estes países passaram a concentrar a produção de bens de consumo para os países ricos, exemplo: Os caríssimos iphone4 são produzidos na china, na província de shenzen, por trabalhadores que recebem um salário tão miserável, que terão de trabalhar mais de 4anos sem gastar nada para adquirir um iphone3 usado, esta mesma fábrica, ainda produz para Hewlett Packard(HP) e Sony Ericsson . Os trabalhadores chineses trabalham num regime de semi-escravidão, vivendo em dormitórios na própria fábrica e tendo uma liberação por mês para ver a sua família.
A Situação da china não é muito diferente do Brasil na questão salarial, mas na questão profissional, temos leis que disciplinam até onde os empregadores podem ir(embora eles tentem todo ano flexibilizá-las), e uma justiça do trabalho ativa que condenaria exemplarmente tal prática aqui no Brasil, embora ainda sejam encontrados muitos trabalhadores num regime análogo à escravidão pelo Brasil, o Ministério do Trabalho combate com bons resultados através da fiscalização.
A globalização também trouxe como efeito negativo, um aumento da exigência de especialização do trabalhador, funções antes exercidas por profissionais com experiência e sem formação básica, passaram a ter como requisito minimo, a formação universitária ou especialização técnica, vou relatar uam experiência pessoal, eu trabalhei em uma agência de intermediação de mão de obra no rio de janeiro e uma vez recebi um empregador de uma construtora ligada a um grupo estrangeiro que queria contratar pedreiros com ensino médio completo e inglês básico, pensei que era brincadeira , mas vi que era sério ao vê-lo com carro da construtora, acompanhado de vários profissionais com uniforme da construtora.
Não raro, hoje encontramos muito anúncios de vagas que eram desempenhadas por profissionais de nível médio, com salários de nível médio, e exigência de curso superior como requisito a vaga.
Pesquisando no site http://meusalario.uol.com.br, você tem ideia de quanto ganha um profissional no brasil, e um profissional nos EUA, e descobre o porquê de tantos brasileiros que são engenheiros,médicos,arquitetos e etc..., vão pra lá ser garçom,pedreiro,carpinteiro, etc...(não tenho nada contra estas profissões, mas ninguém estuda 16anos ou mais para limpar chão.)
Mostrando um exemplo, tenho um amigo que é técnico de computadores aqui no Brasil, fala inglês fluente, tem todas as certificações exigidas pelas empresas , da microsoft e algumas linux, trabalha aqui numa empresa multinacional e ganha hoje salário de 1.200 reais, por ano ele recebe 15.600 reais brutos, convertido ao dólar ao dia de hoje, seu salário anual será equivalente a 8.432,43 dólares,
um trabalhador americano no estado da califórnia, com o mesmo padrão de formação, no mesmo cargo, na mesma empresa(meu amigo trabalha em multinacional) terá o salário de anual de 70310 doláres, ou seja, o trabalhador americano com a mesma formação,tempo de experiência e na mesma empresa ganha 8 vezes mais.
Façam as comparações por si mesmos.
Porque a situação não vai mudar tão cedo?
Temos sindicatos inertes, mais interessados em politica do que no bem estar do trabalhador que dá o seu sangue,suor e tem tungado do seu bolso, um dinheiro que lhe faz falta, as vezes muita falta mesmo, para ser dado a sindicatos de categorias humildes que recebem baixos salários, mas seus presidentes ostentam carrões do ano, churrascos em casas de praia e passeio de helicópteros pela cidade.
Os dirigentes dos sindicatos não trabalham na profissão,se é que um dia trabalharam ,vivem do salário do sindicato e sequer vivem o dia a dia da profissão com as dificuldades que os trabalhadores sofrem.
Temos sindicatos fantoches, com presidentes escolhidos politicamente por centrais sindicais,ligados a partido políticos( o da boquinha por exemplo), que não pertencem a categoria que representam, ligados a outros sindicatos politicamente e na distribuição de verba dos associados pros partidos.
Eles estão bem,viverão polpudamente por muitos anos,e não se preocupam com você. Cabe a você se virar, estudar,trabalhar e quem sabe um dia você passa num concurso e começa a viver adequadamente.

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